quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

30- De olhos fechados

E sem me dar mais explicações, vi Gabriela entrando em um carro e indo embora. Fiquei parada ali por uns minutos. Queria ter implorado para que ficasse, para que tentasse conversar com meu irmão, mas não consegui. E a conhecia o suficiente para saber que nada do que eu dissesse a faria mudar de ideia.


Tentei me acalmar. Meu irmão iria atrás dela. Certeza. Certo?
Mandei uma mensagem para o celular do Clark.
Se quer ficar louco, tudo bem. Se quer fugir dos seus problemas, tudo bem também. Só não faça isso sozinho. Estou aqui. 
Tinha planejado mandar uma mensagem mais agressiva, mas era só lembrar de sua expressão triste que já amolecia o meu coração.


Por hora, eu não podia fazer muito mais.
Pensei em voltar para casa e já estava a poucos metros, quando avistei no final da rua o estúdio de fotografia do Gustavo. Era muito tarde, mas talvez...
Em dois minutos lá estava eu batendo na porta da sua casa, atrás do estúdio.


- Juh? - Ele perguntou surpreso quando abriu a porta.
E fiz algo estúpido, bom, mas extremamente estúpido. Um beijo. Tímido. Com paixão. Devagar. Com pressa. Com mãos. Retribuído.
Descemos as escadas sem desgrudar nossos lábios.


Não tive coragem de olhar em seus olhos em nenhum momento.
Eu não queria ter que pensar no depois.
Eu queria aquele momento. Queria nossos corpos nus. Queria ritmo e proximidade. E tive.

2 comentários:

  1. Uau primaaaaa!!!Agora sei que somos parentes mesmo kkkkkkkkk Fica ai que eu cuido do Clark, não tem como ele fugir de mim, ele não pode me impedir de entrar no hospital ;)


    Beijos querida, e aproveitaaaa!!!

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    Respostas
    1. kkkkkkk Conto com você!

      Aproveitando =p

      Beijos, primaa ;*

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