sábado, 6 de fevereiro de 2016

35 - Tormentos - Parte II

Aquele telefonema me deixou pra baixo, precisava sair, dançar e beber algo, e foi exatamente o que eu fiz. Quando cheguei estava praticamente vazio bem apropriado para quem não estava disposta a curtir muito o tumulto. Depois de umas bebidas fui pra pista de dança.


Uns carinhas até interessantes tentaram se aproximar, no entanto eu não estava mesmo a fim, no entanto com um em especial me deixou confusa. 
- Diva? Que bom ver você novamente. - lembrei do seu rosto, mas lembrar exatamente do seu nome é outra coisa totalmente diferente. 
- Oi.. - Pensei rápido e lembrei da brincadeira logo após a saída com as minhas primas que tinha ficado com um cara chamado Fogus "E que fogus" - rimos sobre isso - mas não estava a fim de repetecos, muito menos hoje. - Dei uma disfarçada e sai de perto quando a pista começou a encher.


 Quando me virei para ir ao banheiro não pude acreditar no que vi. Quantos anos ela pensa que tem? 18? Agarrada com um cara que deve ter metade da sua idade (não tenho nada contra, mas ela não disse que estava mudada?), balancei a cabeça negativamente e sai tentando não ser notada.
- Diva? Ei! Espera! - ouvi sua voz, mas ignorei, preferia sair dali sem que tivesse me visto. Estava do lado de fora quando ela me alcançou.
- Fica longe de mim, já vi o quanto está "mudada" - carreguei todo o cinismo no meu tom de voz.
- Eu sei que errei, mas eu era...


- Não, não, não!!! Não vem com esse papinho manjado " eu era muita nova e blá-blá-blá " já que fui um "acidente " ou um "erro" não caio nessa, muitos enfrentam a barra, mas você escolheu cair fora e NUNCA veio me procurar, agora não preciso mais de você.
- Me perdoa - sua encenação era tão perfeita que poderia jurar que ela iria começar a chorar a qualquer momento.
- Pelo menos vamos conversar, só um pouco.
- O que quer tanto falar? Que não sabe nem ao menos quem é meu pai e decidiu que quer um teste de DNA?
- Cala sua boca Diva, eu ainda sou sua mãe. - E ali estava a figura materna que eu me lembrava, sempre aos berros com meu pai e agora comigo.


Dei meia volta e entrei na boate, me tranquei no banheiro. Não sei quanto tempo ela ficou ali tentando se desculpar, mas desistiu. Eu não estava bem, não estava em condições de voltar pra casa sozinha, agora percebi o quanto devo ter bebido, peguei meu telefone e liguei para a primeira pessoa que veio à minha mente. - Clark? Me faz um favor, me tira daqui.
- Diva o que aconteceu e onde você está? - Expliquei que não estava bem, onde estava e fiquei esperando.


2 comentários:

  1. Essa sua "mãe" dispensa comentários... aff!

    É pra tirar meu irmão de furadas, não colocá-lo em mais!!!

    Beijos, oxigenada ;*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que mãe? Y-Y
      O que tem demais em eu ter o chamado para ir me buscar? Eu não mordo, a não ser que ele peça, ai quem sabe ;P

      Beijos querida

      Excluir