terça-feira, 1 de março de 2016

54 - A droga de noite

Adoro o meu trabalho e isso é um fato, mas sair com a turma toda não tem satisfação maior, tem os que ficam de plantão, mas quem disse que a vida é justa? Estava totalmente empolgada, ainda mais quando o Clark confirmou sua presença, depois de um pouquinho de insistência, é claro. Ele parece não gostar muito desse tipo de ambiente, acho que gosta mais ir à lugares tranquilos.
- Eu preferiria ter ficado em casa comendo pipoca - disse me irritando assim que entramos no bar.
- Ah cala boca, tenho certeza que você vai se divertir - Vamos lá, podemos comer pipoca outro dia.



Quando chegamos André e a Dulce já estavam, Megumi chegaria depois. O bar sem dúvida não tem muita agitação, mas afinal com muito barulho nem dá para conversar direito. Seria o de sempre, porém com pessoas interessantes e conhecidas. Dessa vez nada de álcool por dois motivos. Primeiro a minha saúde, que médica sou eu que não cuida da própria? Segundo o Clark está por perto, melhor não ter outro "Não foi nada, esquece" na mensagem do celular, precisava, porém não era seguro. Mesmo com a insistência do André achei melhor não arriscar.



Depois de beber apenas uma água eu fui dançar, Ary, André se juntaram a mim e o Clark ficou sentado, bem que eu chamei, mas ele preferiu ficar ali, pelo jeito não é tão sociável, ou aquele rosto sério afasta as pessoas, muito melhor assim. Estava prestando atenção em tudo a minha volta, quando de repente pelo canto do olho percebi algo que chamou toda a minha atenção.



Megumi estava descaradamente dando em cima dele! Como assim? Filha da mãe! Senti uma fúria danada, abandonei a pista e fui em sua direção, na verdade não sei direito o que iria fazer, mas estava sendo comandada por aquele sentimento esquisito, queria esbofetear aquela cara oriental terrivelmente bonita da Megumi.  A raiva aumentou ao me dar conta que eu não podia e não tinha o direito de interferir naquela palhaçada toda.



- Estou indo embora - Falei assim que cheguei a mesa, ele olhou com uma expressão incrédula e levantou. 
- Mas eu vim porque você me convenceu, e parecia estar se divertindo tanto até agora a pouco.
- Eu sei, eu ESTAVA mesmo, enfatizei bem a palavra, não estou falando para ir também, você é bem grandinho e pode cuidar-se muito bem sozinho.
- Isso eu posso mesmo - sorriu lindamente - mas acho melhor eu te acompanhar - não iria recusar a oferta, pelo menos não o deixaria ali com aquela assanhada.

4 comentários:

  1. Assanhada por assanhada, não sei o que seria pior.
    Para de empurrar o meu irmão para esse tipo de lugar! òó

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    1. Pode deixar Juh, já aprendi. Pretendo arrastá-lo para um lugar mais tranquilo, Só nós dois... <3

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    2. Ou talvez alguma tragédia aconteça com você antes disso...

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